O que acontece com a saúde das crianças na fase escolar?
Aos 6 anos, as crianças entram numa nova etapa da vida social e física. Ao mesmo tempo em que iniciam as obrigações escolares, há uma desaceleração do crescimento. Nos próximos anos ele crescerá pouco, para depois começar o estirão da puberdade. As meninas entram mais cedo nesse processo, e param de crescer mais cedo também.
Nessa fase, com que frequência a criança precisar ir ao pediatra?
A criança deve ser levada ao pediatra pelo menos uma vez por ano, mesmo sem apresentar sintomas de doença, para avaliação e exame físico completo. Isso é importante para que ela tenha um acompanhamento especial na linguagem, audição e motricidade; além das orientações sobre a alimentação, imunizações e prevenção de acidentes.
Que outros cuidados devem ser tomados nesta fase?
Nesta faixa etária as crianças ainda não têm muito bem desenvolvida a percepção de distância. Por isso, o risco de atropelamentos, de quedas de árvores e muros, de tombos de bicicletas, skates e patins podem levar a traumas dentários e ósseos em vários graus de gravidade. Além disso, o pensamento mágico é uma característica dessa idade. Facilmente influenciada por mitos, super-heróis, e bandas de música, a criança deve ser acompanhada de perto em suas atividades. É importante, portanto, que se observe o tipo de programas que ela assiste; os jogos; as comunidades virtuais que frequenta e mesmo as amizades. A Internet não vigiada pode trazer graves problemas tanto para as crianças quanto para a família.
Quais os benefícios dessa atenção à saúde do escolar?
A educação e os limites dados à criança nesta etapa, sempre numa relação de amor, são fundamentais para a formação da personalidade do ser humano. Para que os pequenos tenham uma boa formação, é essencial sempre manter um relacionamento baseado na confiança e no diálogo. Conheça seus amigos, saiba o que acontece na escola, esclareça e oriente a criança para evitar, por exemplo, o bullying
O atraso de linguagem é comum nesta fase?
Hoje podemos dizer que cerca de 10% das crianças apresentam atraso da linguagem, mas apenas em 3% dos casos o atraso é consequência de alguma doença, o que determinará impacto significativo sobre a aprendizagem ou sociabilidade. Por isso, nessa fase de iniciação escolar é fundamental que se identifique rapidamente se a criança tem atraso na linguagem. Isso possibilita a investigação e intervenção numa fase em que o cérebro ainda está em desenvolvimento e responde melhor às intervenções de reabilitação.
Como identificar e tratar o atraso de linguagem?
A criança com atraso de linguagem emite sinais de alerta que podem ser identificados pelo seu pediatra. De qualquer modo, a participação da família é estratégica para a reabilitação da criança, que deve ter também o apoio da escola com uma abordagem que respeite os conceitos de educação inclusiva.
Fonte https://www.sbp.com.br/
Comments